Há muitas coisas sobre o segundo e último álbum do AUCAN que são uma melhoria em relação à sua estréia bastante austera. A inclusão de vários músicos convidados significa que a música tende a ser mais robusta e variada do que seu primeiro lançamento. “Primavera de una Esquina” inclui um oboé e trompa inglesa, embora não sejam muito proeminentes. “Cancion de mi Padre” inclui um acordeão, que soa um pouco como uma viola com acompanhamento de gaita. “Hacia el Destierro” apresenta o mondo-flauta sikus, mas a parte realmente interessante dessa música é o lamento da guitarra. Todas essas são melhorias positivas, embora um pouco, acabam afetando o som geral.

Uma decepção vem com o papel reduzido do violoncelo, um instrumento que apareceu com muito destaque no primeiro álbum, mas é amplamente reduzido a um papel coadjuvante aqui. Uma pena, porque essa é uma das coisas que deu à música da banda um certo apelo especial e ajudou a separá-la de muitos outros grupos latinos de influência britânica do final dos anos setenta. Há também um aumento perceptível no uso de teclado sintetizado neste álbum. Não há faixas realmente de destaque neste álbum, e embora o encerramento “Misterio Azul” seja a faixa mais longa e a mais ambiciosa em termos de arranjo; esta também é a pista mais óbvia de que a banda gravou este álbum no final dos anos setenta e quando a música sintetizada e as guitarras elétricas excessivamente ousadas estavam mais em voga do que a música elegante e intrincada de inspiração Folk.

Este álbum é mais fácil de encontrar do que sua estréia e por esse motivo (e provavelmente apenas por isso) você pode querer tê-lo em sua coleção Prog, o que será uma excelente aquisição.